MONUMENTOS MEGALÍTICOS STONEHENGE
E quem nunca ouviu falar dos misteriosos (e lindos) monumentos megalíticos de Stonehenge, na Grã-Bretanha? Aquelas estruturas de pedras gigantescas, dispostas em forma de círculo no condado de Wiltshire, a 13 Km da cidade de Salisbury, na Inglaterra? E se eu lhe dissesse que existem outros monumentos megalíticos, do mesmo tipo desses de Stonehenge, implantados em outros locais do mundo?
Sim, a nossa pré-história é muito mais enigmática do que imaginávamos… mas, vamos por partes: nessa publicação, vou comentar um pouco sobre essas construções antigas complexas (e muito bacanas de visitar) principalmente na Inglaterra e nos Estados Unidos. Vamos lá:
Monumentos Megalíticos Stonehenge na Inglaterra
Um dos pontos turísticos de maior interesse da Ilha da Rainha, o complexo arqueológico de Stonehenge localiza-se nas proximidades da cidade de Salisbury, no sul da Inglaterra, a sudeste de Londres.
Trata-se do monumento megalítico mais famoso do mundo e, muito provavelmente, uma das maiores obras de engenharia pré-históricas ainda existentes.
O que hoje se pode contemplar numa visita ao local é o resultado de várias etapas de construção e restauração, numa época muito remota, edificadas com recursos e infraestruturas precárias. Até hoje os estudiosos não entendem como a construção desses monumentos foi possível: o conjunto de 150 pedras de tamanhos variados (sendo que a maior delas mede 6,7 metros), cada uma pesando toneladas, foram trazidas de muito longe, com traslados extremamente rudimentares. Alguns arqueólogos acreditam que a construção desse complexo levou mais de 30 milhões de horas de trabalho, estendendo-se do ano de 3100 a 1900 a.C.!
Assim como outros monumentos megalíticos, o sítio de Stonehenge, na Inglaterra, respeita um mapa astronômico inicial incrivelmente complexo, o que evidencia os altos conhecimentos em astronomia e matemática dos povos que o construíram.
Basicamente, o local é composto de uma vala circular feita no solo, orientada para os pontos do nascer do Sol no solstício de verão, e do pôr do Sol no solstício de inverno.
Até hoje não se sabe ao certo como a sua construção foi feita e qual o seu significado. Acredita-se que tudo aquilo tenha uma orientação religiosa, sendo a idéia mais divulgada a de que se tratava de um local de culto nos grandes momentos do calendário astronômico. Após observar o amanhecer marcado pelas pedras erguidas, procissões seriam realizadas ao redor do complexo circular, imitando o movimento astronômico do céu, que terminaria em alguma espécie de ritual na estrutura megalítica central.
O solstício de verão deve ter sido muito importante para esses povos, pois há uma pedra específica para marcar o amanhecer dessa data – chamada de Heel Stone – sendo que, à sua volta, existem duas fossas alinhadas com essa rocha, marcando o amanhecer e o anoitecer desse dia.
A fim de melhor planejar a sua visita, recomendo que acesse diretamente o website oficial de Stonehenge, UK, neste link: https://partiugiraromundo.com/stonehenge. Há informações sobre tarifas, como chegar, etc., em português. Portanto, não se intimide se você não tiver um inglês maravilhoso.
Monumentos Megalíticos Stonehenge nos Estados Unidos?
Sim, é isso mesmo!
Você certamente já ouviu falar em Salem, uma pequena cidade perto de Boston, no Estado de Massachussetts, devido às famosas “bruxas de Salem”, não é ? Pois num dos ranchos desse mesmo município ergue-se o que parece ser o maior monumento megalítico do tipo Stonehenge fora da Europa!
Há ainda muitas interrogações sobre esse achado, e ainda restam dúvidas quanto à sua autenticidade. Todavia, muitos já se referem a essa estrutura como o “Stonehenge da América do Norte”, dadas as suas dimensões.
Esse complexo de pedras misterioso encontra-se em Salem, a 4 milhas à leste da Autoestrada III, em propriedade privada, e apresenta muitas semelhanças com o sítio arqueológico de Stonehenge na Inglaterra.
A construção dessas estruturas foi atribuída inicialmente aos aborígenes norte- americanos, em data anterior à chegada dos europeus no continente. Consiste numa série de pedras verticais isoladas, distribuídas em forma de círculo, em torno de uma discreta elevação de terreno e de um pequeno conjunto de câmaras semi-enterradas. Nos dias de sol, observou-se que algumas estrelas importantes elevam-se das pedras e geram alinhamentos transversais. Ou seja, o lugar do nascer e do pôr do sol no mesmo dia está marcado por duas pedras diferentes inseridas em posições diversas, dentro do círculo, nos solstícios de verão e de inverno, nos equinócios e nos dias de “quartzo cruzado” (quando o Sol está entre os solstícios e um equinócio.)
Não restam dúvidas de que essas pedras foram implantadas por um povo que possuía grandes conhecimentos do céu diurno e noturno, do movimento do Sol, das estrelas e dos planetas.
Estima-se que, nesse local, teriam ocorrido rituais religiosos, e até mesmo sacrifícios de animais ou de seres humanos, em razão de uma espécie de mesa com sulcos na sua superfície encontrada no local.
Mas, e como tudo isso veio à tona? Por quê se acredita que essas pedras constituam outro monumento megalítico como Stonehenge, na Costa Leste dos Estados Unidos?
Bem, num estudo patrocinado pelos proprietários do local, modernos sistemas de localização por satélite foram usados para verificar a hipótese de alguma conexão entre essas rochas americanas e os monumentos megalíticos de New Hampshire e de outras partes do mundo.
Descobriu-se que, se seguirmos o prolongamento da trajetória do solstício de verão no sentido noroeste, este culminará em Stonehenge, na Inglaterra. Se, ao invés disso, seguirmos a trajetória do solstício de verão através da Europa, ele termina no… Líbano.
Essa descoberta fez reviver uma das teorias mais controversas das últimas décadas: a de que teria existido sim um descobrimento da América anterior a Cristóvão Colombo!
Trabalhos arqueológicos provaram que os Vikings estiveram na América do Norte (na costa canadense), antes de 1492. Por que outros povos não poderiam ter chegado ao continente americano também antes de Colombo?
Os fenícios, por exemplo, foram grandes navegadores, e os achados da Stonehenge americana demonstram uma certa ligação com esses povos: em 1964, foi encontrada uma rocha nesse local, que possuía uma gravação estranha. Depois de muitas análises, chegou-se à conclusão de que se tratava de uma inscrição fenícia, que queria dizer: “A BAAL, EM REPRESENTAÇÃO DOS CANANEUS, É DEDICADO”. Cananeus era como esses povos chamavam-se na época, e Baal era o nome de uma de suas principais divindades.
Assim, o monumento megalítico de Salem encontra-se no centro de uma das teorias mais fascinantes de todos os tempos: o pré-descobrimento fenício da América!
Os fenícios – povos antigos que habitaram a região onde hoje se encontra o Líbano – tinham conhecimentos avançados de navegação, sobre as correntes marítimas, e também de astronomia. Identificavam a Estrela Polar, o que lhes permitia navegar à noite. Os navios fenícios percorreram o Mediterrâneo, e tinham condições de atravessar o Atlântico. Eles estiveram presentes em muitas localidades da costa africana, e praticaram comércio com povos da costa atlântica da Europa. Alguns acreditam, inclusive, que os fenícios estiveram presentes nas Ilhas Canárias e nos Açores, e que conheciam os ventos alísios, que os auxiliavam a ancorar com maior facilidade nas costas americanas.
Sabe-se, também, que os fenícios efetuavam sacrifícios humanos ao ar livre, em zonas cercadas por muros (os tofets). Assim, é bem possível que a mesa de sacrifícios de Salem estivesse ligada aos cultos fenícios.
Tudo isso é muito misterioso, mas parece bastante interessante! 🙂
Se essas versões realmente conferem, ninguém sabe ao certo. Mas a verdade é que evidências encontradas dia após dia continuam a provar a existência de povos num passado muito remoto que, embora tivessem vivido de formas mais rudimentares, possuíam conhecimentos super avançados da natureza e do meio em que viviam, e foram capazes de empreender obras extraordinárias, que até hoje nos intrigam.
E você, o que pensa disso?
