O QUE FAZER EM SINTRA
Sintra é uma pequena e charmosa cidade, a aproximadamente 28 Km a noroeste de Lisboa. Foi durante muito tempo um local de veraneio dos senhores muçulmanos e, posteriormente, dos reis cristãos portugueses. Apesar de pequena, há muito o que fazer em Sintra!
Acho que um “bate e volta”de um dia a Sintra vale muito à pena para quem está de passagem por Lisboa, pois a região é linda: há diversos bosques, palácios, mansões, jardins, fontes e praias incríveis para conhecer por lá.
A cidade em si é composta por três bairros bem pequenos: Estefânia (onde ficam a estação ferroviária e a Câmara Municipal de Sintra); Sintra-Vila (o centro histórico) e São Pedro de Sintra (a uns 2 Km do centro).
Tanto a cidade quanto o Parque Natural de Sintra-Cascais são considerados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 1995.
O clima de Sintra é igualmente maravilhoso: atlântico moderado com algumas influências do Mediterrâneo. Os verões não são quentes demais e os invernos são suaves. Entretanto, no outono e na primavera, costuma chover bastante por lá.
O QUE FAZER EM SINTRA: PRINCIPAIS ATRAÇÕES
Bem, acho que um dia inteiro está de bom tamanho para conhecer os principais pontos turísticos de Sintra, mas vá bem cedo! Há muita coisa bacana para ver por lá e, se você quiser aproveitar bem cada programa, é melhor administrar bem o seu tempo em Sintra e arredores. Vá por mim.
Abaixo vou comentar um pouco sobre as principais atrações turísticas de Sintra (os programas realmente imperdíveis numa visita ao local) e dar algumas dicas valiosas para ajudá-lo a ter uma experiência inesquecível por lá. Confira:
O QUE FAZER EM SINTRA: PALÁCIOS E CASTELOS
Se eu tivesse que definir Sintra em poucas palavras, elas seriam: “região de palácios e castelos deslumbrantes”.
Acho que esses são, sem sombra de dúvidas, os programas principais para quem visita Sintra pela primeira vez (sendo o Palácio da Pena o mais lindo deles, do meu ponto de vista).
Palácio da Pena, Parque da Pena & Chalet da Condessa de Edla
O Palácio Nacional da Pena foi construído no século XIX, no topo da colina, e é famoso pela sua arquitetura exótica e colorida. Visita obrigatória e prioridade absoluta!!
Esse palácio localiza-se na parte superior do Parque da Pena, e é composto por um conjunto de cúpulas, muralhas, torres e vegetação, que dão a impressão de termos entrado em algum conto de fadas.
A sua construção iniciou em 1840 e terminou em 1885, apresentando uma mistura de estilos: gótico, bizantino, mudéjar, renascentista e manuelino. No interior, destacam-se o mobiliário (super bem trabalhado), candeeiros de cristal da Boemia e um conjunto de objetos de porcelana, muito valiosos.
A entrada (ou Pórtico do Tritão), em estilo manuelino, possui em sua parte superior uma criatura marinha que “vigia”a entrada das pessoas para as demais dependências do castelo.
Preste atenção na decoração exterior desse palácio, pois ela está cheia de símbolos maçônicos (roza-cruzes, etc). Esses elementos indicam que o rei provavelmente pertenceu a essa irmandade secreta.
O interior desse palácio é simplesmente fantástico, todo decorado: a igreja e o claustro estão repletos de azulejos belíssimos; a sala de jantar tem um teto abobadado muito bonito; a cozinha ainda conserva inclusive as panelas de cobre que se usavam naquela época e os aposentos do palácio ainda possuem os mobiliários originais. Os vários salões do palácio foram denominados com base em suas características mais perceptíveis: “sala verde”; “sala indiana”, “sala árabe”, etc.
O Palácio da Pena foi habitado pela família real até a proclamação da República, em 1910. O último rei que usufruiu desse lugar lindo foi Dom Manuel II, antes de exilar-se no Reino Unido.
Hoje em dia, esse palácio acolhe eventos bacanas como recriações de eventos históricos, exposições e concertos de música clássica.
Parque da Pena:
O parque ou “jardim”que rodeia o palácio é imenso: possui em torno de 200 hectares e é lindo demais. Possui cascatas, labirintos, fontes e observatórios, de onde se pode ter uma vista privilegiada da região.
A variedade e abundância da vegetação do Parque da Pena são surpreendentes: existem plantas procedentes de vários lugares do mundo nesse parque.
Não deixe de visitar, na zona ocidental do Parque da Pena, o Chalé e Jardim da Condessa de Edla, construído por Dom Fernando II e pela segunda esposa, Elise Hensler (ou Condessa de Edla), com o objetivo de ser um “refúgio”para o casal.
Quanto custa: para adultos, em torno de EUR 7,50 para visitar apenas o parque do palácio e EUR 14,00 para uma visita completa (valores de 2020).
Quanto tempo prever para a visita: em torno de 2h30, no mínimo.
Como chegar: você pode subir até lá a pé (prepare-se para uma caminhada de aproximadamente 1 hora) ou de tuk tuk (tenha em mente que esses últimos não são baratos…)
Castelo dos Mouros
No topo da colina de Sintra encontra-se o Castelo dos Mouros (antiga muralha que se pode avistar de longe).
Esse castelo foi erguido no século VIII, e é um exemplo fantástico da arquitetura militar muçulmana em Portugal.
Em 1147, ele foi conquistado por Afonso Henriques: os primeiros ocupantes cristãos ajustaram o palácio aos seus gostos e nele edificaram uma Capela dedicada a São Pedro.
Infelizmente, a maior parte do castelo ruiu com o terremoto de 1755, e hoje tudo o que resta dele são ruínas de pedra e a muralha. Ainda assim, vale à pena uma visita (a vista da região lá de cima é de tirar o fôlego)!
Como chegar: à pé (prepare-se para uma subida com obstáculos de pedra, e para levar em torno de 1 hora para chegar lá em cima) ou de tuk tuk;
Quanto tempo permanecer: em torno de 1 hora;
Quanto custa: bilhete adulto EUR 8,00 (valores de 2020).
Palácio de Seteais
O Palácio de Seteais é hoje um hotel de luxo.
Em estilo neo-clássico, foi construído no final do século XVIII pelo então cônsul holandês Daniel Gildmeester.
O nome “seteais”significa “sete suspiros”em holandês (sete ais).
Nos jardins desse palácio, ocorre em agosto um festival de ballet, conhecido como “As Noites de Bailado em Seteais”.
Parque e Palácio da Quinta da Regaleira
Esse belo palácio mistura diversos estilos (com predominância do estilo gótico manuelino e torres inspiradas na era medieval) e talvez por isso seja tão peculiar.
Foi adquirido em 1997 pela Câmara Municipal de Sintra e, no passado, pertenceu à Baronesa de Regaleira e ao Sr. António de Carvalho Monteiro (homem que enriqueceu com as minas de ouro e com o café do Brasil).
Os jardins desse palácio são belíssimos: contam com inúmeras fontes, torres e uma vegetação exuberante, poços, grutas e lagos incríveis.
Os monumentos mais famosos das proximidades desse palácio são o Terraço dos Mundos Celestes e o Poço Iniciático (com uma escadaria em espiral de 9 andares de pedra, de uns 30 m de profundidade, esse poço dá em um labirinto de grutas e lagos).
Acredito que a Quinta da Regaleira seja um lugar meio místico: quem se interessa por maçonaria, alquimia e esoterismo deve visitá-lo sem pensar duas vezes! Esse lugar está coberto de histórias religiosas, ocultismo e mistérios, que podem ser observados nos diversos símbolos representativos dos franco-mações e dos templários.
No interior do palácio, não deixe de visitar a Capela da Santíssima Trindade e sua cripta enigmática.
Quanto custa: para adultos, EUR 10,00 (valores de 2020);
Quanto tempo prever para a visita: em torno de 2 horas, no mínimo.
Como chegar: dá para ir à pé do centro histórico de Sintra até a Quinta da Regaleira. O trajeto (coberto por uma vegetação exuberante e mansões) é lindo!
Palácio Nacional de Sintra
O Palácio Nacional de Sintra encontra-se bem no centro histórico da cidade, e é divino!
Construído em estilo mourisco e manuelino, ele distingue-se pelas chaminés (duas torres brancas “pontudas” idênticas, uma ao lado da outra) e pelos azulejos maravilhosos presentes em seu interior.
O Palácio Nacional foi construído onde antigamente era o palácio do governador muçulmano, erguido no século VIII. Desde que o local foi conquistado por Afonso Henrique, em 1147, foram feitas várias reformas e ampliações, em diferentes estilos, característicos de cada período histórico.
Uma vez implantada a República Portuguesa, a família real exilou-se no Reino Unido, e o Palácio Nacional de Sintra foi declarado Patrimônio Nacional de Portugal em 1910.
O interior desse palácio é fascinante, sendo a capela a parte mais antiga, com as paredes inteiramente revestidas de azulejos do século XV. Próximo à capela, encontram-se a grande cozinha e a Sala dos Árabes, ambas ornamentadas com azulejos sevilhanos nas paredes, simplesmente deslumbrantes!
Não deixe de visitar igualmente a Sala do Rei Afonso VI, a Sala das Sereias (com as paredes cobertas de mosaicos), a Sala do Rei Sebastião, a Sala das Pregas e a Sala dos Cisnes.
Do Jardim da Preta, que rodeia esse palácio, pode-se ter uma vista fascinante do centro histórico de Sintra. Os jardins do palácio são pequenos, mas bonitos.
Quanto custa: para visitar apenas os jardins, não se paga nada; para visitar o palácio, custa EUR 10,00 para adultos (valores de 2020).
Como chegar: o Palácio Nacional encontra-se bem no centro histórico de Sintra;
Quanto tempo prever para a visita: em torno de 1 hora.
Parque e Palácio de Monserrate
O Palácio de Monserrate (em estilo neogótico ) foi construído por um rico comerciante britânico, no século XVIII.
Ao longo do tempo, ele pertenceu a outros senhores ingleses, que acrescentaram características peculiares à construção original: em 1850, o então proprietário, Sr. Francis Cook, contratou um arquiteto para construir um alpendre de inspiração oriental, muito lindo. Nessa época, os jardins românticos foram ampliados.
O Parque de Monserrate é igualmente um jardim romântico onde há flores subtropicais, árvores exóticas e lindas cascatas.
Quanto custa: o bilhete adulto é EUR 8,00 (valores de 2020)
Quanto tempo prever para a visita: 1h30 no mínimo
O QUE FAZER EM SINTRA: CENTRO HISTÓRICO
O centro histórico de Sintra é uma gracinha: fica às voltas do Palácio Nacional e é praticamente um amontoado de ruelas estreitas de pedra, igrejas, monumentos, confeitarias, restaurantes, cafés charmosos e lojas de artesanato!
Só passear à pé por esse lugar fofo já é demais! Prepare-se para tirar muitas fotos em cada canto da cidade.
À título de curiosidade, as construções mais antigas do centro histórico de Sintra foram destruídas com o terremoto que atingiu Lisboa em 1755, mas foram posteriormente reconstruídas.
Em frente ao Palácio Nacional de Sintra, encontra-se o Pelourinho (local onde antigamente eram praticados castigos a criminosos). O monumento atual é uma réplica fiel do original, construído no século XVI.
Na Praça Central da República, encontram-se a Torre do Relógio, que data do século XV, e a Igreja de São Martinho que, fundada no século XII, hoje abriga um museu de arte sacra.
Algumas fontes bacanas (e famosas) para ver no centro de Sintra são:
- a Fonte da Pipa (século XIV): linda, decorada com azulejos, tem esse nome em razão da forma de suas bicas (de uma “pipa”de vinho);
- a Fonte de Sabuga (de origem medieval, reconstruída no século XVIII): as águas dessa fonte têm propriedades medicinais;
- a Fonte Mourisca (1922): recoberta de azulejos, foi feita em estilo “neo-mudéjar”, e é muito linda.
Dica: o centro de informações turísticas fica no centro histórico de Sintra. Não hesite em dar uma passada lá para pegar mapas da cidade e folhetos com os horários de trens e ônibus. Além disso, se você quiser fazer um circuito completo por Sintra (entrando em todos ou quase todos os seus palácios) pode ser interessante adquirir um passe turístico, com algum desconto. Dirija-se à esse organismo para maiores informações.
O QUE FAZER EM SINTRA: IGREJAS E CATEDRAIS
Algumas igrejas que merecem destaque em Sintra são:
Igreja de São Pedro de Penaferrim: datando do século XV, e ampliada posteriormente, possui um interior todo revestido de azulejos azuis e brancos, esculturas góticas que representam São Pedro e uma fachada barroca muito bonita.
Igreja de Santa Maria: localizada entre a cidade antiga e o bairro de São Pedro de Sintra, foi construída no século XII por Dom Afonso Henriques. É um dos poucos prédios que ainda conserva suas características medievais, romântico-gótico.
O QUE FAZER EM SINTRA: BATE E VOLTA À PRAIA DE AZENHAS DO MAR
Se você tiver algum tempo sobrando em Sintra, ou se já conhece o local e o seu objetivo for relaxar, sugiro uma esticadinha até Azenhas do Mar, lugar fofo a 10 Km de Sintra.
Azenhas do Mar é um vilarejo minúsculo, com casinhas brancas, localizado no topo de uma falésia. Lembra um pouco o estilo das Ilhas Gregas.
As grandes atrações do local são a sua praia, a piscina natural talhada numa rocha junto à praia (que se enche de água do mar quando a maré sobe), o bar e o restaurante à beira-mar.
O vilarejo em si é composto por ruelas de pedra estreitas, onde dá para fazer caminhadas e tirar fotos bem bonitas (a vista da praia lá de cima é incrível).
Dica: evite ir a Azenhas do Mar no domingo e na segunda-feira, porque é tudo fechado por lá nesses dias.
Como chegar em Azenhas do Mar saindo de Sintra: bem, você tem duas opções:
- Pegar um trenzinho antigo na Estação Ferroviária da Portela de Sintra, ir até o fim da linha (Praia das Maçãs) e caminhar em torno de 15 min até Azenhas do Mar. Dica: dá para ir à pé da Estação Ferroviária Principal de Sintra até a Estação Ferroviária da Portela de Sintra (dá uns 10 min de caminhada). Se for necessário, peça informações para as pessoas nas ruas: o povo costuma ser gentil. Atenção: esse trenzinho só funciona no verão;
- Ir até a Estação Ferroviária da Portela de Sintra e pegar o ônibus número 441 com destino a Azenhas do Mar na parada de ônibus que fica ao lado da estação. A viagem leva em torno de 15 min, e há bastante curvas.
O QUE FAZER EM SINTRA: CABO DA ROCA
Outro programa que recomendo apenas se você tiver tempo sobrando em Sintra é o Farol do Cabo da Roca.
O lugar é interessante: aqui você estará no ponto mais ocidental do continente europeu (sem considerar os territórios insulares da Irlanda e da Islândia). O pôr do sol em frente à imensidão do Oceano Atlântico é espetacular nesse local.
SINTRA: INFORMAÇÕES PRÁTICAS
Como chegar (a partir de Lisboa): há trens de Lisboa para Sintra a cada 15 ou 20 min todos os dias.
Eu saí da Estação Ferroviária Rossio, no centro de Lisboa, mas dá para sair de outras estações também.
O bilhete de ida e volta custa EUR 5,00 (valores de 2020).
Acho que o trem é a opção mais simples e barata, sinceramente.
Uma vez em Sintra, você vai ter que caminhar uns 10 min até o centro da cidade. Você não vai se perder: tem várias indicações pelo caminho, pois é uma cidade muito turística e há infraestrutura para isso. Portanto, não se preocupe e aproveite seu passeio!
Como se locomover na cidade: honestamente, acho que a melhor maneira de explorar Sintra é à pé!
Há igualmente tuk tuks espalhados pela cidade, que podem levá-lo para visitar os principais pontos turísticos locais, mas fique esperto: tenha em mente que Sintra é super turística, e negocie os preços antes.
Os tuk tuks em Sintra não são muito baratos (não estamos na Ásia). Visitar a cidade de tuk tuk pode custar em torno de EUR 30,00 a EUR 70,00 para duas pessoas por 1h ou 2h. Não acho que valha à pena.
O que (e onde) comer: não saia de Sintra sem comer as famosas queijadinhas de Sintra e sem beber o Vinho de Colares (um dos melhores vinhos tintos de Portugal)! No século XIX, a aristocracia inglesa e os famosos escritores portugueses costumavam fazer uma peregrinação pela cidade, a chamada “Rota de Sintra”, bebendo as águas das fontes da serra e degustando as queijadas e os vinhos da região.
Dica: as queijadas e os pastéis tradicionais da casa Sapa, no centro histórico de Sintra, são simplesmente maravilhosos!
Outros doces muito bons de Sintra incluem os “Travesseiros”, os Pastéis da Pena, as Nozes Douradas de Galamares, os Fofos de Belas e a compota de Pêra Rocha. 😉
Se você quiser fazer uma refeição típica em Sintra, escolha a carne de leitão de Negrais, a carne de porco à Mercês, cabrito ou vitela assada. Se for mais do peixe, os mexilhões e o polvo da região são deliciosos.
Quanto vai custar o passeio: baseado nos valores de 2020, pode-se visitar a maioria das atrações em Sintra gastando entre EUR 10,00 e EUR 14,00 em cada uma para entrar. Dá para almoçar por cerca de EUR 7,00 ou EUR 10,00, dependendo do restaurante.
O que vale à pena comprar em Sintra: há lojas de cerâmicas e artesanatos espalhadas por toda a cidade.
A cerâmica pintada à mão de Sintra e os azulejos são muito lindos: uma recordação super bacana para levar na mala!
Além disso, os tapetes, as rendas, os bordados, as cestas e os objetos de vidro são outros souvenires a considerar: o vidro português fabricado à mão é de excelente qualidade e é produzido desde o século XV.
Dica de ouro para os consumistas de plantão: durante os meses de verão, a cada 15 dias, aos domingos, acontece em Sintra uma feira ou mercado popular. Igualmente, a cada ano, em finais de junho (coincidindo com a Festa de São Pedro, o padroeiro de Sintra), ocorre a Feira Grande: excelente oportunidade para adquirir artesanatos, roupas, antiguidades e vinhos. Demais!
Caso você tenha interesse em aprender mais sobre o fascinante artesanato português, visite: https://partiugiraromundo.com/artesanato-portugues/.
Bem, como vocês podem ver, há muito o que fazer em Sintra: recomendo um dia inteiro no local para conseguir ver com calma as principais atrações de lá e usufruir do passeio!
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