Ruínas de Sacsayhuaman

COMO EXPLORAR AS RUÍNAS DE SACSAYHUAMAN, NO PERU

Se você for a Cusco, no Peru, visitar as ruínas de Sacsayhuaman, nas proximidades da cidade, é um programa imperdível!

Trata-se de um local enigmático: até hoje os historiadores não entraram em acordo sobre o significado do termo Sacsayhuaman. Entretanto, a idéia mais aceitável é de que esse termo signifique “falcão gaspeado”. Esta ave foi uma divindade incaica.

Durante muito tempo, foi chamado de fortaleza de Sacsayhuaman, mas as evidências arqueológicas, históricas e documentais mostram que se tratava de um grande complexo político, militar e religioso-cerimonial. Provavelmente, foi erguido como homenagem nas celebrações das vitórias militares sobre os Chancas, etnia combativa procedente de Ayacucho, que invadiu Cusco em diversas ocasiões.

Sacsayhuaman é um exemplo surpreendente da arquitetura militar inca. 

As ruínas de Sacsayhuaman possuem três níveis de fileiras de pedras gigantescas, dispostas em forma de zigue-zague, sendo que o primeiro reúne os maiores blocos de pedra. As enormes muralhas se estendem por cerca de 300 metros, com rochas de até 5 metros de altura, algumas pesando cerca de 70 toneladas! As pedras foram encaixadas umas às outras com uma precisão inimaginável e sem o emprego de nenhum tipo de argamassa para fixá-las.

Pedras das Ruínas de Sacsayhuaman
Pedras das Ruínas de Sacsayhuaman

As muralhas têm vários ângulos salientes e escondidos em cada nível, fazendo com que invasores que tentassem escalá-las fossem vistos e capturados pelos guardiões.

Estima-se que milhares de homens foram empregados para colocar as enormes pedras no lugar. O que é mais impressionante, todavia, é que a extração das pedras se deu em locais que se localizavam a cerca de 20 Km de Cusco, numa época em que muitas infraestruturas eram desconhecidas. A forma como o transporte foi efetuado permanece ainda um mistério. 

A esplanada em frente às muralhas foi provavelmente uma grande praça cerimonial onde ocorriam eventos religiosos e militares. Havia três torres no topo da fortaleza: uma circular e outras duas retangulares, ligadas entre si por uma série de passagens subterrâneas. Em caso de algum ataque, toda a população de Cusco podia abrigar-se na fortaleza. 

Na outra extremidade da fortaleza, a colina Rodadero é constituída de pedras polidas e de degraus que levam a uma construção em forma de “banco”. Daqui, os incas lideravam as cerimônias. 

Existem relatos de que, quando os espanhóis chegaram ao local, ficaram surpreendidos com o excelente acabamento que tinham as edificações de Sacsayhuaman: elas encontravam-se cobertas de lâminas de ouro e prata, com belíssimos mantos feitos de plumas de aves exóticas, o que proporcionava ao complexo uma aparência mágica. 

Após a chegada dos conquistadores espanhóis, todavia, muitos muros foram derrubados e uma boa parte do local foi destruído. Sacsayhuaman foi transformada numa pedreira, cujas pedras branquinhas foram usadas na construção de igrejas e de outros monumentos hispânicos em Cusco. 

Assista ao Inti Raymi, nas Ruínas de Sacsayhuaman, se tiver a oportunidade

Em quéchua, Inti Raymi significa “Festa do Sol”, e é uma cerimônia religiosa inca em homenagem à Inti, o Deus-Sol, realizada nas ruínas de Sacsayhuamán, no dia 24 de junho de cada ano. Comemora o solstício de inverno do hemisfério sul nos Andes. 

O Inti Raymi indicava o início do ano e a origem dos povos incas. Durava nove dias, durante os quais se realizavam danças e sacrifícios. O último Inti Raymi, com a presença do Imperador Inca, foi realizado em 1535.

Em 1572, a celebração foi proibida pelo Vice-Rei Francisco de Toledo, por ser considerada uma festividade pagã, sendo realizada, a partir de então, às escondidas. 

Na época dos incas, essa cerimônia era realizada onde hoje é a Plaza de Armas de Cuzco, sendo assistida pela totalidade da população.

Atualmente, trata-se de uma festa direcionada tanto aos turistas, quanto aos habitantes locais, representando para estes as suas origens. 

Centenas de pessoas participam do festival, que começa defronte ao Koricancha, onde o “Inca” realiza uma invocação ao Sol. Os espectadores, entretanto, aguardam a procissão passar na Fortaleza de Sacsayhuamán. No final, é realizado o “sacrifício” de uma alpaca e o “Inca” invoca seu pai, o Sol.

Como dá para perceber, as ruínas de Sacsayhuaman são incríveis e ainda abriga um evento interessante: o Inti Raymi, uma vez por ano.

As ruínas de Sacsayhuaman são bem acessíveis a partir de Cusco: dá para chegar lá de carro ou até mesmo à pé.

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